A tecnologia como facilitadora para educação ambiental: ampliando conhecimento das espécies do Jardim Botânico de Brasília através do uso de aplicativo

Debora Dias Silvino de Oliveira, Karolyne Peters Costa Rocha, Stefano Salvo Aires

Resumo


A educação ambiental deve ser pensada para incluir e atingir os cidadãos, a utilização
de espaços ao ar livre para o aprendizado é essencial. Os ambientes institucionais de pesquisa
e conservação são considerados ambientes não formais de educação: zoológicos, jardins
botânicos, museus e aquários. São locais de livre acesso, com presença de idades, gênero e
classes sociais diferentes. Isso pode ser um desafio, mas não deveria fazer diferença para a
educação ambiental se houver acertabilidade. Esses espaços não formais só conseguem ser
vetores de informação se o visitante estiver disposto a recebê-la, isto ocorre porque muitos
comparecem ali apenas para entretenimento. O Jardim Botânico de Brasília conta com
inúmeras espécies nativas e exóticas e espaços diferenciados - como trilhas e jardins temáticos
(horto medicinal, jardim sensorial, orquidário e outros). Aqueles que visitam o local se
deparam com ações culturais, exposições, palestras, placas, banners e passeios guiados com
interações, mesmo que informais, com guias e monitores (nem sempre é possível devido à
disponibilidade). Apesar disso, é necessário questionar sobre esses ambientes não formais de
educação, uma vez que não há uma grande quantidade de informações ao público visitante e
nem servidores disponíveis todo o tempo - principalmente pela falta de recursos do governo.
Os ambientes de livre acesso à informação científica deveriam trazer consigo formas mais
dinâmicas para atrair visitantes. Muitos possuem, aplicativos e jogos para que os visitantes
possam ser entretidos e aumentem os conhecimentos adquiridos. Segundo o censo do IBGE,
98% das pessoas que utilizam a internet o fazem por meio de um aparelho móvel, logo, uma
alternativa seria um aplicativo unindo dados onde além do básico, seria possível encontrar
informações adicionais como nível de ameaça de extinção, ocorrência e utilização da espécie.
O objetivo deste trabalho foi a organização de dados e criação de um aplicativo. Foi realizado
um levantamento no Jardim Botânico, junto aos gestores e equipe técnica, sobre a percepção
acerca do lugar, informações nas placas de identificação, entendimento e quantidade adequada
e desejada de informações. Em seguida, o aplicativo foi desenhado e as páginas de espécies
foram alimentadas através de levantamento bibliográfico. Por fim, foram gerados
aproximadamente 70 QR Codes, um para cada página criada, para serem fixadas nas placas
presentes no JBB para que visitantes possam ter acesso ao aplicativo.


Palavras-chave


educação não formal, identificação botânica, ambientes não formais de educação, educação dinâmica, aprendizado dinâmico

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2022.9518

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