A influência microclimática da vegetação na escala residencial de Brasília

Resumo

O trabalho consiste em trazer apontamentos e averiguações acerca da influência e
benefícios da vegetação na escala residencial na cidade de Brasília. Apoiado em
referências bibliográficas que indicam conceitos e avaliados elementos, como a
disposição da vegetação em áreas urbanas e sua relação com a temperatura e
umidade do ar, é possível perceber a importância de planejar e manter áreas verdes
para se obter maior qualidade de vida. De acordo com dados da Organização das
Nações Unidas (ONU), em 2020, 55% da população mundial vivia em áreas urbanas,
e essa proporção deve aumentar para 68% até 2050. No Brasil, cerca de 85% da
população vive em cidades. A partir disso, a vegetação urbana tem inúmeros
benefícios para a qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas urbanas. Ela
ajuda a amenizar as temperaturas, especialmente durante os períodos de ondas de
calor, e também pode diminuir a poluição do ar. Além disso, a vegetação urbana pode
proporcionar espaços verdes agradáveis e áreas de lazer para as pessoas, o que pode
contribuir para a sua saúde mental e bem-estar. A falta de vegetação urbana, por outro
lado, pode ter efeitos negativos na qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas
urbanas. Por exemplo, a falta de áreas verdes pode contribuir para o aumento da
temperatura nas cidades, o que pode ser especialmente prejudicial para os grupos
mais vulneráveis, como os idosos e as crianças. Além disso, a falta de vegetação
urbana pode afetar a qualidade do ar e diminuir a biodiversidade em áreas urbanas.
No que tange a metodologia, a pesquisa buscou resultados que comprovem essa base
teórica fundamentados em comparações entre as 708 Sul, 708 Norte e a quadra
residencial na Estrutural. Outras localidades são 308 Sul e 308 Norte e, por fim, a 409
Sul, paralelo ao Riacho Fundo. Esses resultados foram obtidos através de medições
relativas a temperatura do ar, umidade relativa do ar, quantidade de CO² e fotografias
tiradas a partir de uma câmera termográfica. Foi constatado a partir das medições que
os locais com maior arborização contém menores temperaturas, maiores índices de
umidade relativa do ar e menores valores de quantidade de CO² presente no ar.