Função inibitória de bilíngues e monolíngues em tarefas de reconhecimento: efeito de distratores verbais em língua nativa e estrangeira

Natasha Tonetti Abdul Hak, Paulo Roberto Cavalcanti

Resumo


O fenômeno do bilinguismo tem se destacado e se tornado objeto de inúmeras pesquisas no campo da Psicologia Cognitiva. No presente estudo, buscou-se verificar a capacidade da função inibitória de bilíngues e monolíngues em tarefas de reconhecimento. A pesquisa foi de caráter quantitativa experimental, e participaram do estudo 40 adultos entre 18 a 30 anos, com 20 bilíngues e 20 monolíngues. Todos os participantes foram submetidos às mesmas condições do estudo, com a diferença de que parte dos dados foram coletados presencialmente e outra parte no formato on-line. De modo a alcançar o objetivo do estudo, verificou-se a influência de distratores verbais auditivos, tanto na língua portuguesa quanto na língua inglesa, no desempenho de bilíngues (português-inglês) e monolíngues (português) em tarefas de reconhecimento. Ressalta-se que tanto o grupo bilíngue quanto o grupo monolíngue foram expostos às três condições da pesquisa, sendo elas: presença do distrator verbal em português (condição A); 2) presença do distrator verbal em inglês (condição B); e 3) ausência de distrator verbal (condição C). Para análise dos dados coletados, foram realizadas comparações estatísticas inferenciais a partir da ferramenta ANOVA. No que diz respeito aos resultados obtidos, estes apontaram para tendências sistemáticas de diferenças de desempenho entre os grupos e intragrupo. Um resultado a ser destacado é de que bilíngues não apresentam inclinações para um maior controle inibitório em tarefas, quando comparados com monolíngues, em tarefas estritamente verbais. Foi possível notar, ainda, que a língua inglesa é um idioma com significativa influência e presença no contexto brasileiro, portanto, se tornou um fator a ser considerado para próximos estudos.


Palavras-chave


bilinguismo; controle inibitório; língua inglesa; reconhecimento; psicologia cognitiva.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8199

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