HIV/AIDS no Brasil, Centro-Oeste e Distrito Federal em populações vulneráveis quanto a comportamentos, atitudes e práticas - entre 2008 e 2018

Gabriel Oliveira Costa Mesquita, João Borges Esteves Tovani, Gerson Fernando Pereira Mendes Pereira

Resumo


A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é um problema de saúde pública, em especial dentro de populações-chave/vulneráveis que são: homens que fazem sexo com homens (HSH), mulheres profissionais do sexo, usuários de drogas injetáveis, travestis, transexuais e pessoas privadas de liberdade.
Em 2019 foram identificadas 1,7 milhão de novas infecções pelos vírus da imunodeficiência adquirida (HIV). Desde o início da epidemia, foram contabilizados 35,4 milhões de mortos, e com o advento do tratamento houve redução de 47% na incidência da doença.
Existem metas internacionais que visam a melhora no diagnostico, tratamento e redução da carga viral circulante, assim como metas definidas na redução da incidência do HIV/AIDS e mortalidade da AIDS que ainda precisam ser alcançadas pelo Brasil.
Logo, é evidente a necessidade de atenção a esse tema, uma vez que é uma doença com alta morbimortalidade, que há tratamento e maneiras de prevenção, sendo necessário ainda a caracterização das populações chave para focar ainda mais e priorizar as políticas de saúde propostas.
Com a metodologia de revisão de literatura e análises de dados secundários foram usados para estabelecer um padrão de maior acometimento do HIV/AIDS dentro da população, levando em conta idade, sexo, categoria de exposição, taxa de detecção entre outros, dos anos 2008 e 2018 nas áreas do Brasil, Centro-Oeste e Distrito Federal para se observar as populações que tiveram maiores aumentos no número de casos e determinar as populações chave nesses espaços, além de avaliar o impacto das políticas instituídas até o momento.
Uma vez analisados os dados acima, foi observado um aumento Global no número de casos de HIV. Além de um aumento seguido de queda do número de casos de AIDS, pode ser a uma melhora no processo diagnostico ou aumento real no número de casos de HIV e a queda no número de AIDS pode ser devido ao aumento do acesso ao tratamento, reduzindo o número de casos.
Em relação ao padrão de acometimento, foi possível estabelecer uma determinada população como sendo mais cometida pelo HIV/AIDS que são homens, jovens, homossexuais.. Porém é importante relatar um aumento importante no número de casos na população heterossexual e de pessoas com idades mais avançadas, talvez pela negligencia dessa categoria de exposição e falta de políticas voltadas a populações com mais idade.
Outra população que precisa de atenção são os usuários de drogas injetáveis e casos transmissões verticais, que demonstração participar das populações-chave/vulneráveis devido ao aumento na incidência do HIV/AIDS. Em relação aos óbitos, houve redução no número de óbitos geral por AIDS, ainda que os casos de HIV aumentaram.
Esses achados evidenciam as populações-chaves nessas áreas, demonstrando necessidade de intervenção voltadas a essas populações, visando o aumento da prevenção, diagnóstico e tratamento e ter projetos mais eficientes no combate ao HIV/AIDS.


Palavras-chave


AIDS, HIV, populações-chave, vulneráveis, Brasil, Centro-Oeste, Distrito Federal.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2019.7622

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